Travessia da Juatinga, Pico do Pão de Açúcar, Ponta da Juatinga e Cachoeira do Saco Bravo


A Travessia da Juatinga é um clássico do trekking litorâneo, com um nível técnico muito alto, tanto pelo terreno acidentado quanto pelo calor e umidade, o que difere bem de uma travessia de montanha tradicional de altitude, que se faz nos períodos mais frios do ano. Há também muitas rotas, sendo a mais curta a que parte da Praia do Pouso da Cajaíba até a Vila Oratório e a mais longa que parte de Paraty Mirim incluindo a volta no Saco do Mamanguá.

1º Dia - Paraty Mirim - Praia do Cruzeiro


Chegamos em Paraty Mirim por volta das 9:30 hrs, onde estacionamos o carro e começamos os preparativos para a caminhada. A diária do estacionamento era de R$ 15,00 e fechamos a R$ 100,00 os 7 dias, conforme planejamos, mas o pagamento só seria feito no dia da volta.

Paraty Mirim


A trilha tem início perto da praia, do lado direito antes do cais, já com uma subida forte sobre o morro com 200 metros de elevação e depois vai descendo e segue contornando o Saco do Mamanguá até a Praia Grande do Saco do Mamanguá, totalizando 3,8 km de extensão e cerca de 2 horas de caminhada. Há a opção de andar mais para outras praias, mas optamos por pegar um barco ali mesmo até a Praia do Cruzeiro, que fica do outro lado.

Praia Grande do Saco do Mamanguá

Paramos um pouco na Praia Grande para descansar e um barqueiro local chamado Mateus nos atravessou para o outro lado por R$ 50,00 para duas pessoas. A Praia do Cruzeiro fica bem em frente, do outro lado, o que dá cerca de 1,4 km de extensão, então a viagem foi rápida e logo já estávamos lá.

Praia do Cruzeiro

A Praia do Cruzeiro é bem bonita e simpática, com uma praia rasa e dois rios que deságuam no Mamanguá. Os rios, porém, trazem muitas folhas e galhos para a praia, o que pode incomodar um pouco quem se banha ali. Atrás destaca-se o Pico do Pão de Açucar, um maciço rochoso imponente que também é uma atração do local.

Ficamos no camping do Seu Orlando (R$ 30,00 por pessoa), que também é dono do restaurante bem em frente à praia, uma figura fantásica, muito carismático e cheio de histórias. Natural da Cachoeira do Rio Grande, fixou residência na Praia do Cruzeiro e abriu a trilha para o Pico do Pão de Açúcar.

Praia do Cruzeiro

Praia do Cruzeiro

O local possui alguns pontos gramados e algumas árvores para se proteger do Sol, que estava bem quente neste dia. Decidimos passar a tarde ali mesmo e esperar o sol baixar um pouco para poder encarar o Pico do Pão de Açucar. Tomamos uma cerveja e fizemos nosso almoço pois a meta era comer o que levamos primeiro para poder aliviar o peso das mochilas

Pico do Pão de Açúcar visto da área de camping

No final da tarde, porém, o tempo fechou e decidimos fazer o ataque ao pico no dia seguinte pela manhã. O dia acabou com um belo pôr-do-sol, o que nos bateu um certo arrependimento, mas mesmo assim a decisão foi correta pois não teríamos muito visual naquela hora. No final da tarde enormes caranguejos saíram de seus buracos, mas eram bem ariscos e voltavam rapidamente com qualquer movimento nosso.

Foi uma tarde de muita preguiça e curtimos o máximo que pudemos pois os dias seguintes não seriam fáceis. Dormimos cedo, por volta das 22:00, pois o Pico do Pão de Açúcar nos esperava bem cedo no dia seguinte.


2º Dia - Pico do Pão de Açúcar - Praia do Cruzeiro - Praia Grande da Cajaíba


Acordamos às 5:30 hrs para encarar a subida até o Pico do Pão de Açúcar. Um enorme coelho branco brincava na grama mas não tivemos muito tempo para dar atenção a ele. Tomamos um rápido café e encaramos a subida forte de cerca de 1,2 km de extensão e pouco menos de uma hora de subida. A vista do cume é incrível, com seus 415 metros de altitude marcados no meu gps. De lá pode-se avistar todo o Saco do Mamanguá. Ficamos uma meia hora curtindo o amanhecer, tiramos algumas fotos e já descemos, chegando ao camping por volta das 8:00 hrs.

Vista do Pico do Pão de Açúcar

Vista do Pico do Pão de Açúcar

Vista do Pico do Pão de Açúcar

Desmontamos o acampamento, arrumamos as mochilas e saímos por volta das 9:00 hrs. A trilha segue subindo, passa por uma enorme casa e contorna por trás de outras propriedades particulares até a Praia do Engenho, numa trilha de 3,6 km de extensão e 2 horas de caminhada.

Praia do Engenho

Chegamos às 11:00 hrs na Praia do Engenho, que é uma praia pequena e também muito simpática. Uma enorme árvore domina o centro da praia, frequentada por turistas que alugam casas pelos arredores. Ficamos ali por cerca de uma hora, descansando e fazendo um lanche antes de encarar a subida íngrime da trilha que atravessa até a Praia Grande da Cajaíba.

Saímos por volta do meio dia com o tempo um pouco fechado, o que atenuou um pouco o calor que já era muito excessivo naquele horário. Subimos devagar pois a trilha é muito íngrime em quase toda sua totalidade, atingindo 440 metros de altitude no alto do morro, que depois segue descendo até a praia, somando 3,4 km de extensão e três horas de caminhada. É preciso ainda atravessar a praia até à sua outra extremidade, sendo que seu nome não é Praia Grande à toa, somando mais 1 km de caminhada na areia.

Praia Grande da Cajaíba

Praia Grande da Cajaíba

Mangue na Praia Grande da Cajaíba

A Praia Grande é uma bela praia, a preferida de muitos na Enseada da Cajaíba, com um rio que passa por trás formando um mangue. Há também uma cachoeira mais acima subindo por uma trilha, mas optamos por não visitá-la desta vez.

Tínhamos a intensão de trilhar mais um pouco até a Praia de Itaoca mas o cansaço falou mais alto e optamos por ficar ali mesmo. Já conhecíamos o dono do bar do ano anterior, que se chama Adelino. Ele e sua família também cuidam do camping que fica mais acima subindo pela trilha (R$ 25,00 por pessoa), e novamente nos deu a opção de montar as barracas ali mesmo atrás do bar de seu irmão que fica ao lado. Montamos acampamento, tomamos algumas cervejas para relaxar, fizemos nosso jantar e fomos dormir cedo novamente.


3º Dia - Praia Grande da Cajaíba - Praia da Sumaca


Acordamos por volta das 7:00 hrs, tomamos um café da manhã, demos um mergulho no mar e começamos a desmontar o acampamento e a arrumar as coisas, saindo por volta das 10:00 hrs.

Enseada da Cajaíba

A trilha segue passando pelas praias de Itaoca, Calhaus e Itanema até o Pouso da Cajaíba. No ano anterior colhemos muitas mangas pelo caminho, o que não ocorreu desta vez, infelizmente. Da Praia Grande até o Pouso são cerca de 3,8 km de extensão e 2 horas de caminhada. A trilha não exige muito sendo que o a subida mais forte é a da Praia de Itanema até o Pouso da Cajaíba, subindo pouco mais de 80 metros de altitude.

Praia do Pouso da Cajaíba

Chegamos ao Pouso da Cajaíba por volta do meio dia, onde paramos para comer alguma coisa e descansar um pouco. Não encontramos uma porção de peixe neste dia como esperávamos e tivemos que nos contentar apenas com um misto quente. A Praia do Pouso da Cajaíba é bastante agradável e é sempre bom fazer uma parada ali.

Praia do Pouso da Cajaíba vista da trilha

Voltamos a trilhar por volta das 13:00 hrs. A trilha segue subindo o morro, passando por um mirante onde se avistam os barcos ancorados na praia e vai subindo até cerca de 290 metros de altitude até a bifurcação das trilhas para as praias de Martim de Sá e Sumaca. Seguimos à esquerda para a Praia da Sumaca, subindo mais um pouco até cerca de 330 metros de altitude e voltando a descer contornando o desfiladeiro de uma grande grota até um sobe-e-desce de morros antes da praia, somando cerca de 4,8 km do Pouso da Cajaíba até a Praia da Sumaca e 3 horas de caminhada.

Praia da Sumaca

Praia da Sumaca

Praia da Sumaca

A Praia da Sumaca é belíssma, com águas verdes e rodeada de pedras, leva este nome por causa de um navio homônimo que se chocou ali há muito tempo atrás. É um pouca perigosa para os mais desavisados pois há pontos onde a correnteza pode puxar próximo às pedras do lado direito. Atravessando algumas pedras do lado esquerdo pode se chegar à outra extremidade onde há ondas mais fortes.

Restaurante do Seu Manequinho na Praia da Sumaca

Na Praia da Sumaca conhecemos outra figura fantástica que é Seu Manequinho, único morador da praia e dono do bar e do camping (R$ 25,00 por pessoa). Natural do Pouso da Cajaíba, resolveu fixar residência ali, vivendo num verdadeiro paraíso. Nossas preces foram atendidas e pudemos degustar uma deliciosa porção de peixe logo que chegamos.

Montamos acampamento e curtimos o final do dia. Logo que anoiteceu, Seu Manequinho presenteou os campistas que estavam ali, nós entre eles, com uma farta porção de peixe e lula por conta da casa. Após muitas conversas fomos dormir por volta das 22:00 hrs, pois novamente acordaríamos cedo no dia seguinte para encarar uma caminhada até o Farol da Ponta da Juatinga.


4º Dia - Ponta da Juatinga - Praia da Sumaca - Praia Martim de Sá


Acordamos cedo por volta das 5:30 hrs, tomamos um café e saimos 6:00 hrs pegando a trilha que bifurca à direita seguindo até a Ponta da Juatinga. A trilha sobe e desce por 2 morros passando por um estreito mais baixo que liga até a ponta da península, subindo o último morro até o Farol da Juatinga, que fica no alto da Ponta da Juatinga, o que dá cerca de 4 km e pelo menos 2 horas de caminhada.

Farol da Juatinga

Península da Juatinga vista do Farol

O mar visto do Farol da Juatinga

No alto, onde está localizado o farol, o visual é incrível! Sobre um penhasco, voltado para o mar aberto, avista-se também boa parte da face sudeste da península. Do outro lado se avistam os barcos ancorados na Ponta da Juatinga além do estreito onde passa a trilha. O farol não é muito grande, com cerca de 4 ou 5 metros de altura. Ficamos ali por uma meia hora e voltamos, passando pela comunidade para pegar um pouco de água.

Chegamos à Praia da Sumaca novamente por volta das 11:00 hrs, onde curtimos a praia mais um pouco até as 13:00 hrs. Desmontamos o acampamento, arrumamos as coisas e saimos por volta das 14:00 hrs para encarar novamente a trilha até a Praia Martim de Sá.

A trilha sobe novamente até a bifurcação por onde viemos. Há uma outra bifurcação antes, mas Seu Manequinho nos disse que a trilha por ali estava fechada e não valia a pena pois não reduziria muito o trajeto. Após a bifurcação a trilha segue só descendo até a Praia Martim de Sá, somando quase 5 Km de extensão e cerca de 3 horas de caminhada.

Praia Martim de Sá

Praia Martim de Sá

Já era umas 17:00 hrs quando chegamos à Praia Martim de Sá, onde montamos acampamento no camping do Seu Maneco (R$ 25,00 por pessoa) e curtimos um pouco a praia até o entardecer. Montei minha barraca debaixo de uma árvore e tomei um susto quando estava ali arrumando as coisas e desceu uma cobra caninana de pelo menos 1 metro de comprimento ao meu lado. É uma cobra bem rápida e arisca, mas não é perigosa e fugiu descendo pela área do camping até subir pelas árvores e desaparecer entre as folhagens.

Fizemos um jantar quando começou a trovejar e cair uma chuva fina. Acabamos tendo que deitar mais cedo por causa da chuva, por volta das 21:00 hrs. O dia seguinte seria o de trilha mais extensa e de maior ganho de elevação até à Praia de Ponta Negra.


5º Dia - Praia Martim de Sá - Praia da Ponta Negra


Acordamos por volta das 7:00 hrs, tomamos um café, desmontamos o acampamento, arrumamos as coisas e partimos. O dia amanheceu fechado mas não estava chovendo. Como seria um dia quase inteiro de caminhada, o tempo fechado foi bastante conveniente para aliviar o calor.

Começamos a caminhar por volta das 9:00 hrs, seguindo a trilha até a Praia de Cairuçu das Pedras. É um trecho bastante tranquilo com alguns sobe-e-desce, passando por alguns riachos por onde se atravessa pelas pedras. Com cerca de 4,3 km de extensão e pelo menos umas 2 horas de caminhada chegamos até a praia.

Praia de Ponta Negra

A Praia de Cairuçu das Pedras é bem simpática e agradável. É bem pequena e rodeada de pedras, ficando já bem funda nos primeiros metros que adentramos n'água, mas é muito calma, não chegando a oferecer perigo aos banhistas. Do lado esquerdo, por onde desce um riacho, foi construído um pequeno poço de pedras e concreto onde pode-se tomar um banho de água doce. Apesar da construção do poço ali ser de gosto duvidoso, o banho é bem gostoso e refrescante. O restaurante não estava funcionando neste dia, frustando nossa intenção de degustar uma deliciosa porção de peixe. Logo, não demoramos muito para seguir caminho novamente. Fizemos um lanche rápido e saímos por volta do meio dia.

Praia de Ponta Negra

Logo que adentramos a mata e começamos a subir, uma fina chuva teve início, nos acompanhando por toda a trilha, que tem 5,9 km de extensão e pelo menos umas 3 horas e meia de caminhada. Foi o único dia de chuva durante o dia e o único que precisamos usar as capas de chuva das mochilas para caminhar. Apesar de ser a trilha que mais sobe, com uma elevação de quase 560 metros de altitude, a subida é mais branda, alternando trechos mais íngremes com outros mais planos. A trilha passa por algumas grandes pedras que podem ser usadas como abrigo em caso de muita chuva, até uma bem grande que é conhecida como Toca da Onça, mas não paramos por muito tempo em nenhum momento. Já era quase 17:00 hrs quando chegamos à Praia de Ponta Negra, completamente encharcados.

Festival de Música na Praia da Ponta Negra

Ao chegar, ficamos no camping do Ismael (R$ 40,00 por pessoa), que foi o mais caro de toda a travessia. Resolvemos ficar ali por medo da chuva continuar durante a noite, já que o camping era bem coberto. Montamos as barracas e fomos até a praia, onde comemos um PF a R$ 35,00 e bebemos algumas cervejas. Estava tendo um festival de música no bar ao lado e estendemos um pouco, afinal era sexta-feira e o local estava bem movimentado. Fomos dormir por volta das 23:00 hrs. A chuva havia parado e reacendido a possibilidade de fazermos a caminhada até a Cachoeira do Saco Bravo no dia seguinte.


6º Dia - Cachoeira do Saco Bravo - Praia de Ponta Negra - Praia do Sono


Acordamos por volta das 7:00 hrs e tomamos um café da manhã. O tempo estava fechado mas não estava chovendo, então resolvemos fazer um bate-volta na Cachoeira do Saco Bravo. Saímos por volta das 8:00 hrs e pegamos a trilha que sobe pela comunidade e deriva à direita.

A trilha sobe até o topo do morro de depois segue descendo pela mata fechada e volta a subir, descendo novamente até beirar a costa. A partir daí sobe novamente um último morro até atravessar o rio que dá origem à cachoeira e já se chega ao local. Com cerca de 3,7 km de extensão e 2 horas de caminhada chegamos à Cachoeira do Saco Bravo.

Cachoeira do Saco Bravo

Cachoeira do Saco Bravo

A Cachoeira do Saco Bravo impressiona pelo local onde está localizada e não pela queda propriamente dita, que não é muito alta. São pelo menos 3 quedas, uma pequena acima, a maior no centro, onde há um poço para se refrescar e uma terceira que despenca diretamente no mar, em meio às turbulentas águas do Saco Bravo.

O tempo continuava fechado mas não chovia. Fomos uns dos primeiros mas já começava a chegar mais pessoas. Ficamos lá por pelo menos 1 hora e resolvemos voltar, antes que enchesse demais. Dito e feito pois cruzamos na volta com pelo menos uns 5 grupos se dirigindo para lá.

Chegamos novamente à Praia da Ponta Negra por volta das 13:00 hrs. Comemos um PF que fica perto da saída para a trilha (R$ 25,00) e fomos para a praia curtir mais um pouco antes de seguir para a Praia do Sono. Por volta das 16:00 hrs desmontamos o acampamento e arrumamos as coisas, voltando a trilhar por volta das 17:00 hrs.

Praia de Galhetas

Ponte da Praia de Galhetas

A trilha para a Praia do Sono é bem curta, com cerca de 3,2 km mais ou menos e 1 hora e meia de caminhada. Não exige muito pois as subidas são leves. Logo que sai da Ponta Negra já passa pela Praia de Galhetas, uma praia formada de pedras onde também cruza um rio por uma ponte de madeira. Depois segue passando pelas praias de Antiguinhos e Antigos, antes da última investida para a Praia do Sono.

Praia do Sono

Praia do Sono


Já era final de tarde quando chegamos à Praia do Sono, uma praia deliciosa e aconchegante, sendo a mais famosa da Juatinga. Escolhemos ficar no Camping do Joel (R$ 30,00 por pessoa), por ser mais ao fundo, com o chão gramado e muita sombra. Montamos as barracas e fomos para a praia onde comemos um PF de peixe no Restaurante Sambura (R$ 35,00) e ficamos admirando o belo pôr-do-sol. Gosto do restaurante pelo aconchego e principalmente pelo bom atendimento.

Ficamos na praia por um tempo até os estabelecimentos começarem a fechar, voltando para o camping onde fomos dormir por volta das 22:00 hrs. O cansaço acumulado da semana já começava a bater e uma boa noite de sono era tudo que queríamos.

7º Dia - Praia do Sono - Vila Oratório


Acordamos bem cedo e fomos tomar um banho de mar para renovar as energias. Passamos a manhã toda na preguiça criando coragem para trilhar o último trecho da travessia, até a Vila Oratório.

Praia do Sono

Praia do Sono

Ao meio dia desmontamos o acampamento pela última vez e já fomos com as mochilas para o restaurante onde comemos um lanche pois não estávamos com muita fome. Por volta das 13:30 hrs partimos pela trilha que fica na outra extremidade da praia. A trilha até a Vila Oratório tem 3,1 km de extensão e pelo menos uma hora de caminhada. No caminho ainda avistamos uma enorme cobra caninana cruzando a trilha, com pelo menos uns 2 metros de comprimento.

Praia do Sono vista da Trilha

Cobra Caninana

Chegamos à Vila Oratório por volta das 14:30 hrs, onde esperamos o ônibus para Paraty, que passou às 15:20 hrs. Chegamos à rodoviária de Paraty às 16:00 hrs e 15 minutos depois já pegamos outro ônibus para Paraty Mirim, onde chegamos às 17:00 hrs. Pegamos o carro no estacionamento e seguimos viagem de volta para casa.


Dicas:


• A Travessia da Juatinga é de nível muito alto, bem difícil, tanto pelo terreno quanto pelo calor e umidade do local. Escolha levar roupas leves para trilhar, de material sintético, que possam ser lavadas durante a travessia e que sequem rápido.

• Prefira caminhar com uma sunga por baixo que também pode ser lavada durante a travessia, senão não há roupa debaixo que aguente. Leve também bermuda de tactel que é bem leve e também fácil de se lavar e secar.

• Não se importe com a chuva, nem se preocupe em levar capa de chuva. O calor é excessivo e você vai se molhar de qualquer jeito, seja com a chuva ou com o suor. Se preocupe apenas com a capa de chuva da mochila para não molhar suas coisas.

• Apesar da umidade, não há muitos pontos de água, principalmente nos primeiros trechos. Leve pelo menos um cantil cheio para cada trecho pois a perda de líquidos devido ao calor é extrema.

• Tenha equipamentos leves, como barraca técnica para travessias e isolante inflável.

• O local é repleto de insetos, numa travessia de 1 semana aconselho a levar pelo menos 2 frascos de repelente para usar sem cerimônia, principalmente durante a manhã e final de tarde.

• Não esqueça de levar protetor solar.

• Leve comida para lanches rápidos e café da manhã, se puder prefira comer nos estabelecimentos locais para não levar peso excessivo com comida.

• Leve um kit básico de primeiros socorros, pois o risco de se machucar é bem alto. Há muitos espinhos e plantas que cortam a pele, além de pedras que podem ferir os pés nas praias, isso sem falar nos animais peçonhentos.

• Leve uma pomada para assaduras e nunca caminhe antes de uma ducha de água doce, pois a água salgada pode assar as virilhas.

• Planeje bem a rota que vai fazer e os lugares que vai acampar, pois as opções são bem variáveis, podendo se iniciar a travessia por Paraty Mirim, Saco do Mamanguá ou pela Cajaíba. Há também vários picos para se conhecer, então é bom planejar bem.

• A volta no Saco da Mamanguá é bem complicada de se fazer sem precisar de um barco para atravessar para outro lado. Escolha a menor distância possível pois o valor do barco varia bastante conforme a distância.

• Caminhe um pouco pelo menos todo o dia. Não vale a pena caminhar muito num dia pois além de não conhecer direito os lugares, acabará precisando descansar no dia seguinte, ficando muito tempo num lugar só. Se for conhecer algum pico, prefira ir sem peso do local de onde sai a trilha.

• A natureza é implacável e o local é repleto de animais peçonhentos, então todo o cuidado é pouco. As cobras caninanas são inofensivas mas há também muitas jararacas no lugar.

• Nunca deixe as coisas fora da barraca, principalmente comida, fechando sempre a porta senão as formigas tomam conta.

• Leve alguma coisa onde possa se deitar, uma toalha pelo menos ou uma rede. É impossível chegar de uma caminhada e deitar dentro da barraca devido ao calor extremo, e nunca se deite na areia, pois há muitos cães que fazem suas necessidades por ali.

• Cuidado com aparelhos eletrônicos pois a umidade pode danificá-los.

• Procure fazer amizade com os caiçaras e ouvir suas histórias, que são fascinantes.


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